Depois de 14 anos de existência (desde
27 de setembro de 1998), quase 15, e de 8 anos de sua oferta pública (19
de agosto de 2004), quase nove, o Google tem se mostrado sem fôlego,
após tanto tempo de crescente aumento das melhores buscas e resultados.
O que está acontecendo com a Gigante das
Buscas no mundo? O fôlego falta, a resistência é sacrificante. O que
antes representava 87% a 92% de buscas no mundo, chega atualmente a
81,5%.
Vários fatores podem estar fazendo com que isso esteja acontecendo...vejamos algumas simples suposições:
O principal fator, aquele que foi
determinante no início do declínio, é o fato de que o usuário pouco usa a
busca de forma produtiva. Apenas para ilustrar e nos baseando em uma
simples busca temos as seguintes estatísticas:
OS TERMOS UTILIZADOS NA BUSCA:
As pesquisas contendo uma palavra foram
32,69% do total, seguidas por buscas que continham duas palavras, com
20,17%, e três palavras, 18,44%. As buscas contendo quatro palavras
somaram 11,04% do total, enquanto aquelas contendo cinco palavras
totalizaram 7,70%. Aquela caixinha da busca Google pode receber até 32
termos de busca, portanto estamos subutilizando a ferramenta neste
aspecto.
AS PÁGINAS DE RESULTADO VISITADAS:
Em torno de 68% dos internautas não
passam da primeira página dos resultados de suas pesquisa, e isso por
que já foi pior...antes eram 85%. O que significa que são desperdiçados
bilhões ou milhões de resultados que poderiam fazer a diferença na
satisfação dos resultados por parte do usuário. Portanto, resultados
subutilizados.
Outros fatores concorrem para o êxodo da busca Google.
MOBILIDADE
Dispositivos móveiss: tablets e
smartphones. Estes são o segundo maior fator da baixa nas buscas do
Google. Por que? Por que, principalmente, a migração para esses
dispositivos foi muito alta, tornando o usuário muito dependente deles, o
que provocou a dispersão no acesso através de outros aplicativos, de
finalidades variadas.
Mais um fator, decorrente do anterior:
DIVERSIDADE
Com a abordagem massiva nos dispositivos
móveis a criação de centenas de outros tipos de buscadores, mais
específicos e especializados, fez com que houvesse uma descentralização
no uso de buscadores.
CONHECIMENTO DA FERRAMENTA
Uma contribuição muito forte sobre essa
evazão de usuários foi em virtude também da negligência da própria
empresa em não se fazer conhecer pelos seus próprios usuários/clientes.
Como assim? Ora, temos muitos casos de descontinuidade de aplicativos
Google por falta de uso ou por que outro tem capitalizado mais uso, como
foram os casos da busca timeline, do Google Buzz, e mais recentemente a
intensão de descontinuar o Google Reader. O sentimento de vazio também
aflige a busca. O usuário não conhece 10% do que pode fazer numa busca e
mal consegue construir uma estratégia de busca satisfatória, por falta
puramente de informações e de cohecimento da própria ferramenta.
MUDANÇAS CONSTANTES
Não acho que seja por falta de mudanças
ou melhorias em seus algoritmos de busca, até por que somente em 2012
foram mais de 600 mudanças no seu sistema de classificação e
qualificação de sites e conteúdos. Vejam, o trabalho é árduo, mas mesmo
assim o Google não é a ferramenta que mais gera resultados para tráfego
para os outros sites no país.
RESULTADOS MENOS SIGNIFICATIVOS
Um relatório da Experian Serasa aponta
que o Yahoo! Brasil lidera a chamada taxa de sucesso com 82,12%, seguido
do Bing Brasil, de 81,64%. A métrica é calculada pela proporção das
buscas que geram efetivamente ao menos uma visita a um site. Em terceiro
lugar neste ranking está o Ask, com 77,18%, seguido do Ask Brasil
(77,01%), Bing.com (76,18%), Google.com (72,97%), Yahoo.com (72,64%),
Google Portugal (70,21%), Google Espanha (69,38%) e Google Brasil
(69,17%).
Aí está! A Gigante sucumbe e está dando
sinais de fraqueza nas suas ações de capitalização de usuários. Sim, por
que são eles os maiores motivos de o marketing digital movimentar o
maior volume de investimentos na internet, só ficando atrás da mídia
televisiva tradicional, mas em vias de a superar.
Atrevo-me a uma pequena sugestão pra
finalizar essas minhas pequenas e humildes observações: A Goolge precisa
dar mais foco à integração de seus sistemas. A convergência da
plataforma, tanto de hardware quanto de software. é a máxima no avanço
tecnológico, portanto, é aproveitar todas as suas abordagens de
aplicativos de tal forma que os mesmos se entrelacem...quem sabe o
Google Now será esse caminho novo?
Trabalho justamente em expor nas minhas
palestras o uso superlativo dessa ferramenta, que ainda sei ser a
melhor, mas apenas uma fração de algo maior, ainda em vias de ser visto
pela própria Google.
AUTOR: JOÃO DINALDO KZAM GAMA
DADOS: @BuscandonaNET
Fonte: Portal TIC
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