O governo brasileiro deve se livrar de sistemas operacionais
proprietários, como o Windows, para dificultar a espionagem na NSA, a
agência de segurança nacional americana.
"Se você der uma olhada nos termos de uso do Windows, vai ver que além
de varrer o sistema em busca de arquivos piratas, ele também coleta
informações pessoais", diz Sérgio Amadeu, sociólogo e doutor em ciências
políticas pela USP.
Amadeu falou em uma mesa sobre espionagem na sétima edição da Campus
Party, evento sobre tecnologia e empreendedorismo que acontece até 2 de
fevereiro, em São Paulo.
"Mesmo após as denúncias, a nossa presidente Dilma e nossos ministros
continuam usando Windows. Mesmo com a comprovação de que a Microsoft
colabora com a NSA", diz o sociólogo.
"Tudo bem você não querer trocar de sistema por não se achar um alvo,
mas crer que a presidente, que os seus funcionários de alto escalão e
que as nossas empresas públicas não são alvos é ser muito ingênuo",
completa.
CRIPTOGRAFIA
Além do software livre, a criptografia (sistema que torna os dados
ilegíveis para quem não tiver a chave para decifrá-la), foi apontada
como uma ferramenta que pode dificultar a mineração de dados por
empresas e governos.
"Uma informação sem criptografia custa US$ 0,16 para ser decifrada. Mas
se os dados estiverem criptografados, a decodificação pode custar até
US$ 10 mil".
Anahuac de Paula Gil, integrante de mesa e parte do movimento de defesa
do software livre da Paraíba, discorda que sotware livre e criptografia
possa resolver as coisas.
"Não adianta proteger as informações com programas se nós, diariamente,
lotamos a internet com nossos dados. Entregamos de bandeja nossa vida
inteira voluntariamente sem pensar. Enquanto isso for feito, nenhum
programa pode ajudar", completa.
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