Um grande estudo realizado na Europa revelou que o Facebook
espiona até internautas que não têm conta no site, na intenção de usar
seus hábitos para vender anúncios publicitários. O caso foi reportado
pelo The Guardian.
A agência belga de proteção de dados pediu a várias
iniciativas que investigassem a atuação da rede social, entre
instituições de ensino e departamentos de telecomunicações. Acabou
descobrindo que Mark Zuckerberg e companhia usam seus plugins para
rastrear qualquer internauta que passar por eles.
Isso é possível porque milhões de sites incluíram serviços
como o botão "Like" e o sistema de login via Facebook. A rede explora
esses produtos como espiões que incluem cookies nos computadores de quem
acessar um desses milhões de sites.
Trata-se de uma atividade que infringe a legislação local,
inclusive porque na Europa todos os sites são obrigados a informar, no
primeiro acesso, sobre o uso de cookies.
Há uma ferramenta que permite o descadastramento dos
radares publicitários do Facebook, mas, de acordo com o estudo, quem
opta por usá-la acaba "infectado" pelo sistema da rede, que passa a ter
uma forma de rastrear aquele internauta.
Um porta-voz do Facebook disse ao Guardian que o estudo
contém "imprecisões factuais", reclamou que os autores nunca contataram a
rede para obter posicionamentos e que a companhia está aberta a
esclarecer os pontos problemáticos.
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